Limite de tolerância no radar explicado: margens, cálculos e quando você realmente corre risco de autuação
Há muita dúvida sobre o que realmente vale quando um veículo é flagrado por um radar. Para evitar surpresas, é importante saber que o limite de tolerância no radar não é absoluto, e o Conselho Nacional de trânsito (Contran) definiu regras específicas que determinam quando a velocidade registrada vira autuação.
Em linhas gerais, o objetivo dessas margens é oferecer uma folga técnica diante de variações de medição, mas isso não significa que passar “só um pouco” está livre de consequências. A seguir explicamos, com exemplos práticos e trechos do material consultado, como funciona a tolerância e quando você pode receber multa.
Como o Contran define a margem de tolerância
Segundo o texto consultado, “Os limites oficiais de tolerância aplicados em todo o território nacional são:”
“7 km/h de margem para vias com limite de velocidade de até 100 km/h, representando a tolerância padrão nas áreas urbanas e rodovias de velocidade média.”
“7% da velocidade da via para rodovias e vias com limite superior a 100 km/h, oferecendo uma margem proporcional à velocidade permitida.”
“Radares com fotografia utilizam a menor margem entre as duas opções, garantindo precisão na identificação do veículo infrator.”
Essas regras significam que a tolerância pode ser fixa (7 km/h) ou proporcional (7%), e que o equipamento que registra a imagem escolhe a menor margem aplicável para autuar, reduzindo a margem operacional quando necessário.
Como é feito o cálculo e exemplos práticos
O cálculo usado para decidir se há multa desconta sempre a margem de tolerância da velocidade registrada pelo radar. Conforme o texto, “O cálculo da multa considera sempre a velocidade registrada pelo radar menos a margem de tolerância aplicável. Por exemplo, em uma via de 60 km/h, apenas velocidades acima de 67 km/h resultam em autuação.”
Na prática, em uma estrada com limite de 60 km/h, a tolerância de 7 km/h permite trânsito até 67 km/h sem multa. Em pistas mais rápidas, com limite acima de 100 km/h, aplica-se a porcentagem: “Para rodovias com limite de 110 km/h, a tolerância de 7% equivale a 7,7 km/h, permitindo tráfego até 117 km/h sem penalidades.”
Importante destacar que, mesmo ultrapassando esses limites por poucos quilômetros por hora, a infração já é formalizada e gera multa automática com pontuação na carteira. Ou seja, a margem é uma proteção técnica, não um convite a exceder os limites de velocidade.
Fatores que influenciam a medição e valores das multas
Nem toda medição é perfeita. Como alerta o material consultado, “Diversos elementos técnicos e ambientais interferem na precisão dos equipamentos de medição. Os radares passam por calibragem periódica e certificação do Inmetro para garantir confiabilidade nas aferições.”
Entre os fatores que podem afetar a leitura estão Condições climáticas adversas, calibração do equipamento, posicionamento do radar, e até a margem de erro do velocímetro do veículo, que pode indicar velocidade ligeiramente diferente da real “em até 5%”. Esses pontos ajudam a entender por que existem margens de tolerância e por que a certificação do equipamento é essencial.
Quanto às penalidades, as multas variam conforme o percentual de excesso. O texto traz os valores oficiais: “Exceder em até 20% resulta em multa média de R$ 130,16 com 4 pontos na CNH. Ultrapassar entre 20% e 50% gera multa grave de R$ 195,23 com 5 pontos. Já exceder acima de 50% configura infração gravíssima, com multa de R$ 880,41, 7 pontos e Suspensão do direito de dirigir.”
Além do valor, a gravidade aumenta com o percentual e pode levar à suspensão do direito de dirigir, especialmente em casos de reincidência, quando a penalidade de suspensão tem o tempo ampliado.
O que fazer na prática
A melhor estratégia é simples e direta: respeitar o limite de velocidade da via. Não conte com a margem de tolerância como Segurança. Ela existe por motivos técnicos, e não como autorização para ultrapassar o limite.
Se você recebeu uma notificação e acredita haver erro, verifique a calibragem e certificação do equipamento, as condições ambientais no momento da medição e, quando possível, consulte a documentação que fundamenta a autuação. Em casos de dúvida, procure orientação jurídica especializada ou os canais do órgão de trânsito responsável.
Em resumo, conhecer o limite de tolerância no radar ajuda a evitar multas inesperadas, mas a regra mais segura continua sendo manter a velocidade dentro do permitido e adotar direção preventiva.
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