O que muda com o Novo Jeep Cherokee

O Novo Jeep Cherokee chega como uma redefinição da linha: agora é um SUV híbrido pleno (HEV) voltado para economia sem abrir mão de versatilidade. O conjunto combina um motor 1.6 turbo de quatro cilindros e dois motores elétricos para entregar 213 cv e 31,8 kgfm de torque combinado. A engenharia privilegiou consumo e praticidade — o modelo anuncia até 17,8 km/l na cidade e 15,7 km/l no ciclo combinado — enquanto a plataforma STLA Large permitiu ganhos em capacidade de carga, com porta‑malas de 992 litros. No entanto, esse ganho teve custo: a largura do entre‑eixos e o reposicionamento dos componentes reduziram o espaço para as pernas na segunda fileira em 5 cm. Abaixo, analisamos motor, consumo, espaço interno, tecnologia e o posicionamento do Cherokee frente a rivais diretos, com orientações práticas para quem dirige no dia a dia.
- O que muda com o Novo Jeep Cherokee
- Motorização e desempenho: como funciona o sistema HEV
- Consumo e comportamento urbano: números e aplicação prática
- Espaço, porta‑malas e ergonomia: o preço da bagagem
- Tecnologia, segurança e posicionamento de mercado
- Perguntas frequentes
- O Novo Jeep Cherokee é um híbrido plug‑in?
- Qual é o consumo real esperado?
- O porta‑malas de 992 L é suficiente para viagens em família?
- Quando o modelo chega ao mercado brasileiro?
- Quais concorrentes elétricos ou eletrificados enfrentará?
- Quais cuidados de manutenção devo esperar em um HEV?
Motorização e desempenho: como funciona o sistema HEV
O sistema híbrido do Novo Jeep Cherokee é do tipo pleno (HEV), ou seja, não exige recarga externa: o automóvel gerencia bateria e motores elétricos autonomamente. A combinação de um motor 1.6 turbo com dois propulsores elétricos resulta em 213 cv de potência total e 31,8 kgfm de torque. Na prática, isso significa acelerações mais progressivas e torque disponível em faixas mais baixas, característica típica de híbridos que priorizam eficiência.
Ao comparar com utilitários mais focados em desempenho — por exemplo, o Compass 2.0 turbo com 272 cv e 40,8 kgfm — o Cherokee não busca vencer em números absolutos. Em vez disso, entrega resposta linear, mais economia no uso urbano e menor consumo em ciclos mistos. O câmbio CVT foi escolhido para favorecer suavidade e economia; a transmissão opera com tração integral, mas possui modo que desconecta o eixo traseiro quando a demanda por tração é baixa, reduzindo perdas por atrito.
Para o motorista, a sensação será de um veículo menos “explosivo” em retomadas do que um 2.0 turbo, mas com arrancadas suficientes para uso cotidiano, retomadas de pista e ultrapassagens com Segurança, especialmente quando o torque elétrico ajuda nos momentos iniciais.
Consumo e comportamento urbano: números e aplicação prática

Os índices oficiais apontam até 17,8 km/l em cidade e 15,7 km/l no ciclo combinado, ganhos relevantes para um SUV de grande porte com tração integral. Esses números colocam o Cherokee em vantagem em economia frente a concorrentes puramente a combustão, algo importante para frotistas e motoristas que rodam em áreas urbanas com trânsito intenso.
Na prática, o consumo real dependerá de fatores típicos como estilo de condução, topografia, carga e uso do ar‑condicionado. Em trajetos metropolitanos com liga/desliga constantes, o suporte elétrico nas arrancadas tende a reduzir o gasto de Combustível; em viagens longas e em estradas com velocidade constante, o motor térmico assume papel predominante e o ganho de economia é menor. O sistema que desconecta o eixo traseiro ajuda em rodovias, reduzindo a resistência mecânica quando não há necessidade de tração integral.
A manutenção de um híbrido HEV envolve cuidados específicos: além da rotina do motor térmico (troca de óleo, filtros, correias quando aplicável), é importante acompanhar estado da bateria de tração e do sistema de arrefecimento elétrico. Fabricantes e especialistas recomendam inspeções periódicas em oficinas autorizadas e atenção a sinais como variações na autonomia, ruídos incomuns e mensagens no painel.
| Especificação | Valor |
|---|---|
| Motorização | 1.6 turbo + 2 motores elétricos (HEV) |
| Potência combinada | 213 cv |
| Torque combinado | 31,8 kgfm |
| Transmissão | CVT |
| Tração | Integral com desconexão do eixo traseiro |
Espaço, porta‑malas e ergonomia: o preço da bagagem
Um dos destaques práticos do Novo Jeep Cherokee é o bagageiro. Graças à nova plataforma STLA Large e ao rearranjo interno, o porta‑malas cresceu 30% em relação ao modelo anterior e agora oferece 992 litros com todos os bancos em uso. Com os bancos rebatidos, a capacidade chega a 1.934 litros, números que colocam o Cherokee à frente de muitos rivais do segmento em termos de volume útil para carga.
O provedor desse ganho foi o reposicionamento de componentes e o aumento do entre‑eixos para 2,87 m (8 cm a mais que o Commander), resultando em um veículo mais “vazio” na parte traseira. A contrapartida direta aparece no espaço para as pernas: a medida caiu de 102 cm para 97 cm, uma perda de 5 cm na segunda fileira. Para passageiros muito altos, isso pode significar desconforto em viagens longas. Em cenários práticos, famílias que priorizam bagagem — equipamentos esportivos, malas para viagens, carrinhos de bebê — vão valorizar o espaço extra; quem prioriza conforto traseiro diário pode sentir a diferença.
O interior segue visual minimalista, com manutenção de comandos físicos para funções essenciais, ar‑condicionado com botões e uma tela multimídia Uconnect de 12,5 polegadas. O quadro digital tem 10 polegadas. Entre os equipamentos, bancos dianteiros aquecidos e ventilados, seletor rotativo de marchas e modos de condução (Auto, Sport, Snow, Sand/Mud) compõem o pacote.
| Dimensões | Medida |
|---|---|
| Comprimento | 4,77 m |
| Largura | 2,12 m |
| Altura | 1,71 m |
| Entre‑eixos | 2,87 m |
| Porta‑malas | 992 L (1.934 L com bancos rebatidos) |
| Espaço traseiro | 97 cm (antes 102 cm) |
Tecnologia, segurança e posicionamento de mercado
O Cherokee traz pacote completo de assistência ao condutor (ADAS), incluindo frenagem autônoma de emergência com detecção de pedestres e ciclistas e assistente de centralização em faixa. O sistema multimídia Uconnect e o cockpit digital reforçam a modernidade da cabine, enquanto a presença de controles físicos em funções essenciais preserva usabilidade em uso diário.
Quanto ao mercado, a Jeep programou o lançamento na América do Norte para o final de 2025, com primeiras entregas das versões Limited e Overland ainda este ano e variantes de entrada chegando a partir de 2026. O preço inicial nos EUA foi divulgado em US$ 36.995, conversão direta que dá ideia de posicionamento competitivo frente a rivais eletrificados como Hyundai Tucson, Kia Sportage e Toyota RAV4. No entanto, ainda não há confirmação oficial sobre a chegada ao Brasil.
Para consumidores, a decisão passa por prioridades: economia e capacidade de carga versus espaço traseiro para passageiros. Empresas e famílias que transportam volumes consideráveis ganharão com o grande porta‑malas e menor custo operacional urbano; já quem faz longas viagens com passageiros atrás pode preferir alternativas com mais folga para as pernas.
Perguntas frequentes
O Novo Jeep Cherokee é um híbrido plug‑in?
Não. O Cherokee apresentado usa sistema HEV (híbrido pleno), que não precisa ser recarregado na tomada. A gestão da carga é feita pelo próprio veículo, combinando recuperações de energia e o aporte do motor térmico.
Qual é o consumo real esperado?
A marca anuncia até 17,8 km/l em cidade e 15,7 km/l no ciclo combinado. Na prática, o consumo pode variar conforme estilo de condução, topografia e uso de ar‑condicionado. Em tráfego urbano com paradas frequentes, o suporte elétrico tende a reduzir o consumo; em estradas com velocidade constante, a vantagem é menor.
O porta‑malas de 992 L é suficiente para viagens em família?
Sim. Com 992 litros o porta‑malas atende bem famílias que viajam com malas e equipamentos; rebatendo os bancos, a capacidade sobe para 1.934 litros. O ganho foi obtido em troca de redução de 5 cm no espaço para as pernas da segunda fileira.
Quando o modelo chega ao mercado brasileiro?
Até o momento a Jeep não confirmou oficialmente a chegada do Novo Cherokee ao Brasil. Nos EUA, o lançamento está previsto para o final de 2025, com preços a partir de US$ 36.995.
Quais concorrentes elétricos ou eletrificados enfrentará?
Entre os rivais previstos estão versões eletrificadas do Hyundai Tucson, Kia Sportage e Toyota RAV4. O diferencial do Cherokee será o foco em economia aliada a grande capacidade de carga.
Quais cuidados de manutenção devo esperar em um HEV?
Além da manutenção do motor térmico (troca de óleo, filtros), recomenda‑se acompanhar o sistema híbrido em revisões autorizadas, observando a bateria de tração, o sistema de arrefecimento e eventuais atualizações de software que otimizem consumo e funcionamento.






