Versão Lariat Hybrid 2025 chega por R$ 239.990 com tração integral, capota marítima e sensores de estacionamento de série, foco em tecnologia e economia para uso urbano
A Ford apresenta a atualização da Maverick híbrida para 2025, agora com tração integral e pacote de equipamentos ampliado, mantendo o preço pedido de R$ 239.990. A picape tenta combinar economia e tecnologia para atrair quem usa o veículo sobretudo na cidade.
As mudanças destacam-se pelo interior revisto, nova central multimídia e itens que antes eram opcionais, agora de série, sem que o comportamento dinâmico mude radicalmente. A versão chegou à redação para um breve teste drive e para avaliação das alterações.
Os dados e comparações usados nesta reportagem foram extraídos a partir de informações divulgadas pela QUATRO RODAS, conforme informação divulgada pela QUATRO RODAS.
O que mudou no visual e no acabamento
Exteriormente a picape segue a mesma família de design, com mudanças sutis na grade e nos faróis, e rodas de 19 polegadas que passam a ser o principal indício visual da nova configuração. No interior, a evolução é mais clara, com a nova central de 13,2 polegadas que traz conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay e projeta a imagem das câmeras de visão 360°.
Itens práticos passaram a vir de fábrica, como os sensores de estacionamento dianteiro e traseiro e a capota marítima. A central multimídia também agrega funções antes indisponíveis em versões de entrada, e a qualidade das câmeras 360° foi elogiada durante o teste.
Direção, suspensão e percepção de uso urbano
Ao volante, a sensação é de que a Maverick ganhou refinamento tecnológico, ainda que algumas mudanças tragam pequenas diferenças no comportamento sobre o asfalto. As rodas maiores e pneus de perfil mais baixo tornam a filtragem de irregularidades um pouco mais perceptível, sem que se torne algo incômodo.
A mudança na Suspensão traseira, que passou de eixo de torção para solução independente, e o ganho de equipamentos resultaram em 129 kg a mais no peso, totalizando 1.829 kg. A capacidade de carga é de 584 kg na caçamba, e a capacidade de reboque é de 455 kg.
Mecânica, tração integral e desempenho real
O sistema híbrido recebeu atualização no motor elétrico, que passou de 128 cv e 23,9 kgfm para 190 cv e 32,6 kgfm. No entanto, a potência combinada se manteve em 194 cv e 21,4 kgfm de torque, por isso a melhoria no Desempenho é pouco percebida em uso real.
O tempo de 0 a 100 km/h, segundo a fabricante, caiu de 8,7 segundos para 8 segundos cravados, e em testes anteriores a versão anterior registrou 8,9 segundos. A bateria do conjunto HEV tem apenas 1,1 kWh de capacidade, o que faz com que o motor elétrico atue pontualmente, sobretudo em baixas velocidades, favorecendo economia ao invés de entrega contínua de potência.
A transmissão e-CVT e a calibração específica, com relação final do diferencial encurtada para 3,37:1, acentuam consumo de giro e ruído em velocidades mais altas, e a Ford optou por montar o motor elétrico junto à transmissão, distribuindo tração para os eixos sob demanda, em vez de instalar o motor elétrico no eixo traseiro.
Quando a escolha pela híbrida faz sentido
Para quem roda majoritariamente na cidade, a versão híbrida mostra vantagem no consumo e na lista de equipamentos, com consumo urbano de 15,4 km/l em condições de teste que privilegiam recarga da bateria pelo uso do freio. A Maverick híbrida evoluiu como produto e, segundo a fabricante, as vendas da linha cresceram 200% após as novas configurações.
Já para quem busca maior desempenho em estrada e estradas de terra, o motor 2.0 turbo permanece como opção mais indicada. A diferença de altura do solo é outro ponto a considerar, 20,4 cm na versão híbrida contra 22,6 cm da versão Tremor, que pode fazer diferença em trechos off-road.
Em termos de mercado, a comparação com concorrentes também é relevante, já que, segundo a fonte consultada, “a picape feita no Brasil foi emplacada em mais de 20 mil oportunidades até outubro, enquanto a Maverick não chegou a 3 mil vendas”. Assim, a escolha pela Ford Maverick híbrida 4×4 tende a ser estratégica para uso urbano e economia, com ganhos importantes em equipamentos e tecnologia, ainda que as mudanças no desempenho sejam discretas.








