Por que esses carros injustiçados no Brasil merecem uma segunda chance em 2025, com números da Anfavea e os avanços de Tracker, Duster, C4 Cactus e novo 2008
O mercado automotivo vive um ciclo de recuperação, com novas tecnologias, motores mais eficientes e pacotes de Segurança cada vez mais completos. Mesmo assim, alguns carros injustiçados no Brasil continuam presos a estigmas antigos, o que ofusca qualidades reais como desempenho, conforto e custo de manutenção. Em meio a SUVs compactos e motores turbo consolidados, há modelos que evoluíram de forma consistente, mas seguem subestimados pelo consumidor.
Os números do setor ajudam a explicar o momento. Como destaca a entidade das montadoras, “Segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), as vendas de veículos novos cresceram 15% em 2024 em comparação com o ano anterior, totalizando 2,65 milhões de unidades. A produção também aumentou 10,7%, e o setor emprega hoje cerca de 1,3 milhão de brasileiros.” Em um ambiente mais aquecido, vale olhar com atenção para modelos que ganharam maturidade e hoje entregam mais do que prometem.
O preconceito que ainda pesa sobre marcas e projetos
Entre os carros injustiçados no Brasil, a origem da fama negativa costuma vir de falhas antigas, versões básicas com itens importantes ausentes, redes de pós-venda que melhoraram com o tempo e até de narrativas que continuam se repetindo nas redes. O resultado é que modelos que avançaram em segurança, conectividade e eficiência ficam escondidos atrás de rótulos que já não se sustentam.
Hoje, muitos desses veículos contam com pacotes completos de assistência, motores turbo de baixo consumo, revisões programadas de custo competitivo e melhorias de projeto que endereçam problemas do passado. É justamente nesse ponto que alguns nomes merecem uma nova avaliação, sobretudo por quem busca custo-benefício em um SUV compacto moderno.
Quatro exemplos que merecem mais reconhecimento
Chevrolet Tracker: por muito tempo, a expressão correia banhada a óleo foi um fantasma para o SUV. Na linha 2026, a peça foi completamente redesenhada, mais resistente, com garantia ampliada para 240 mil quilômetros, o que ataca a raiz da desconfiança. Com opções 1.0 turbo e 1.2 turbo, o Tracker alia boa resposta ao volante, consumo contido e um dos pacotes de conectividade mais robustos da categoria. Ainda assim, parte do público continua presa à reputação antiga, ignorando os avanços reais do projeto.
Renault Duster 1.3 Turbo: na versão Iconic Plus 2025, o Duster traz o motor 1.3 turbo desenvolvido em parceria com a Mercedes-Benz, com 170 cavalos de potência e câmbio CVT confiável. O conjunto entrega acelerações consistentes, espaço interno de sobra e um pacote de segurança que inclui assistentes de condução e estabilidade bem calibrada. Apesar disso, o SUV segue visto por muitos como um carro “simples”, percepção que já não traduz sua evolução técnica, seu conforto em uso urbano e seu desempenho em estrada.
Citroën C4 Cactus: mesmo fora de linha no Brasil, o Cactus permanece como um dos modelos mais equilibrados da marca francesa no mercado de seminovos. O motor 1.6 aspirado de 118 cv, combinado ao câmbio automático de seis marchas usado em diversos Peugeot e Citroën, oferece condução suave e econômica, com bom acerto para a cidade. O preconceito histórico com a marca pesa no valor de revenda, porém quem dirige o modelo reconhece o conforto, o design original e a confiabilidade mecânica do conjunto.
Novo Peugeot 2008: na linha 2025, o SUV adota o motor 1.0 turbo de 130 cv com câmbio CVT, conjunto compartilhado com modelos da Fiat, que favorece eficiência e baixo custo de manutenção. Houve desgaste de imagem quando uma versão básica foi mal avaliada no Latin NCAP por não incluir airbags laterais. Nas versões mais completas, o pacote foi corrigido e hoje o 2008 entrega um dos conjuntos de segurança mais competitivos da categoria, com evolução clara em acabamento, conectividade e ergonomia.
O que muda na prática para o consumidor
Ao considerar esses carros injustiçados no Brasil, o comprador encontra projetos amadurecidos, com motores turbinados eficientes, transmissões bem casadas e melhorias de durabilidade, como no caso da correia do Tracker. Em paralelo, há um foco maior em tecnologia embarcada, com centrais multimídia completas, integração a aplicativos e recursos de assistência que ajudam no dia a dia, como alerta de colisão, controle de estabilidade e câmera de ré com melhor resolução.
No bolso, a equação também ficou mais favorável. A adoção de conjuntos mecânicos compartilhados entre marcas do mesmo grupo, como no novo 2008, padroniza peças, amplia a oferta de componentes no mercado e ajuda a reduzir custos de reparo. Somado a isso, planos de manutenção e garantias mais extensas aumentam a previsibilidade de gasto, ponto-chave para quem roda muito e quer manter o carro por vários anos.
Em resumo, em um mercado aquecido, com crescimento de vendas e produção, esses modelos oferecem uma alternativa racional para quem busca segurança, eficiência e conectividade sem pagar a mais apenas pela grife. Para escapar dos rótulos, vale olhar dados, versões e equipamentos com lupa, fazer test-drive e comparar pacotes, já que os avanços são concretos e mudam a experiência no uso diário.
Se a ideia é equilibrar custo-benefício e tecnologia, os carros injustiçados no Brasil mostram que reputação pode demorar a mudar, mas quando o projeto evolui de verdade, o resultado aparece na prática. Em 2025, considerar Tracker, Duster 1.3 Turbo, C4 Cactus e o novo 2008 é uma decisão pautada por desempenho, segurança e economia, itens que o consumidor sente no trânsito e na planilha de gastos.