Tempestades de grande perigo: como o alerta do Inmet impacta sua viagem, seu carro e suas rotas até terça (25)
Inmet alerta para tempestades de grande perigo em quatro estados até terça (25), com previsão de chuva acima de 60 mm por hora ou mais de 100 mm por dia, ventos acima de 100 km/h e possibilidade de queda de granizo. Para quem dirige, o cenário eleva o risco nas rodovias e vias urbanas, com chance de alagamentos, Aquaplanagem, queda de árvores, interrupções temporárias e danos ao automóvel. Nesta matéria especial do guia do auto, trazemos um panorama do tempo conforme os avisos do Instituto Nacional de Meteorologia e um manual completo, direto ao ponto, para você dirigir com segurança, proteger seu veículo e planejar a rota diante das instabilidades.
- Tempestades de grande perigo: como o alerta do Inmet impacta sua viagem, seu carro e suas rotas até terça (25)
- Onde o alerta do Inmet preocupa mais os motoristas: regiões, trechos e o que observar
- Como dirigir sob chuva, vento forte e granizo: técnica, comportamento e o que não fazer
- Checklist de manutenção e equipamentos: o que conferir antes de sair na chuva forte
- Se o veículo for atingido por alagamento ou granizo: primeiros passos, seguro e reparo
- Perguntas Frequentes
De acordo com o Inmet, as áreas de instabilidade se espalham nesta segunda (24) e seguem ativas na terça (25), sustentadas por três fatores: o deslocamento de cavado em níveis médios da atmosfera, o transporte de umidade vindo da Amazônia e a presença de uma frente fria no oceano. O efeito combinado desses sistemas favorece nuvens muito carregadas e tempestades localmente severas, principalmente no Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste. No Norte, calor e alta umidade mantêm as pancadas; no Nordeste, a Bahia e áreas do Maranhão e Piauí entram no radar de instabilidade, enquanto outros trechos terão tempo mais firme e ar seco.
Para o motorista, isso se traduz em desafios práticos: visibilidade reduzida, poças profundas com risco de hidroplanagem, rajadas laterais que desestabilizam o carro em pontes e viadutos, e detritos na pista após quedas de galhos e telhas. Some a isso o risco de granizo, que pode amassar capô, teto e tampa do porta-malas, quebrar para-brisa e faróis. Também há chance de interrupções em trechos com alagamentos e deslizamentos em áreas de serra.
Seja com carro de passeio, SUV, picape, motocicleta ou caminhão, as recomendações centrais são: reduzir a velocidade, aumentar a distância para o veículo à frente, acender os faróis baixos e evitar áreas alagadas. Em tempestades severas, muitas vezes a melhor decisão é adiar a saída e aguardar a passagem da célula de chuva forte. Abaixo, detalhamos as regiões mais afetadas, o que muda para quem está na estrada e como proteger seu automóvel, passo a passo.
Onde o alerta do Inmet preocupa mais os motoristas: regiões, trechos e o que observar
O Inmet alerta que quatro estados estão sob a classificação de grande perigo até terça (25). Ainda que os avisos específicos por estado variem ao longo do dia, o mapa de risco aponta que a combinação de cavado, umidade e frente fria reforça os temporais no Sul e no Sudeste, com reflexos em áreas do Centro-Oeste. No Norte e em parte do Nordeste, o calor mantém as nuvens carregadas e as pancadas de chuva, inclusive com possibilidade de temporais isolados.
Veja, de forma prática, como esse cenário pode afetar sua direção e sua rota, conforme a tendência meteorológica indicada pelo Inmet:
- Região Sul: a chuva ganha força ao longo do dia em Santa Catarina e Paraná, com potencial para trovoadas e rajadas intensas. No Rio Grande do Sul, há alternância entre momentos firmes e núcleos de chuva moderada a forte no norte, Serra e litoral norte. Trechos de serra e rodovias litorâneas podem ter neblina, pista escorregadia e risco de deslizamento em encostas vulneráveis. Atenção redobrada em travessias de pontes, elevados e viadutos com rajadas laterais.
- Região Sudeste: instabilidades em todos os estados, com temporais mais intensos no sul e leste de São Paulo durante a tarde. O litoral paulista entra em situação de perigo, com chuva forte e rajadas de vento que podem atingir 70 km/h (e localmente mais, nas células mais severas). Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo também têm risco de temporais. A visibilidade pode cair rapidamente, com lâminas d’água sobre a pista e possibilidade de alagamentos em pontos críticos urbanos.
- Centro-Oeste: Mato Grosso e Goiás com pancadas desde a manhã e intensificação à tarde; risco de temporais no leste de MT e em grande parte de GO. No Mato Grosso do Sul, as nuvens de chuva tendem a se formar principalmente no leste, com o oeste abrindo mais. Calor segue alto, o que favorece nuvens convectivas de evolução rápida.
- Nordeste: a Bahia — especialmente metade sul e oeste — fica em alerta para temporais. Maranhão e Piauí permanecem instáveis, com chance de chuva forte em pontos isolados. No interior do Ceará, pode chover de forma isolada. Outras áreas seguem com tempo firme e umidade relativa do ar baixa, o que requer atenção à hidratação e ao risco de poeira em pistas de terra.
- Norte: continua chovendo em Amazonas, Acre e Roraima, com chance de temporais. Em Rondônia e no centro-sul e oeste do Pará, as pancadas ganham força ao longo do dia. Tocantins também tem risco de temporais. Já o Amapá e o nordeste do Pará tendem a ter tempo mais firme. Sensação de abafamento é generalizada.
Na prática, quem dirige deve considerar que trechos de serra e litoral podem ter interdições temporárias por queda de barreira, alagamento ou ventania, e que rotas urbanas com histórico de pontos de alagamento podem fazê-lo novamente em eventos de chuva intensa. Em rodovias, reduza a velocidade bem antes de áreas de depressão no asfalto, pontilhões, acessos a túneis e baixadas — locais onde a água acumula com facilidade.
Importante: o Inmet alerta para cenário de granizo em tempestades localizadas. Motoristas devem evitar estacionar sob árvores (risco de queda de galhos) e estruturas frágeis. Caso a célula de granizo se aproxime, busque um abrigo seguro em estacionamentos cobertos ou postos com marquise resistente, priorizando a segurança no trânsito. Não pare no meio da pista nem sob viadutos — além de perigoso, isso pode configurar infração.
Como dirigir sob chuva, vento forte e granizo: técnica, comportamento e o que não fazer
Tempestade severa exige direção defensiva e decisões rápidas e seguras. Abaixo, um guia prático para enfrentar chuva intensa, rajadas e granizo, preservando sua segurança, a dos passageiros e a integridade do automóvel.
- Reduza a velocidade de forma progressiva: antecipe frenagens, mantenha maior distância do veículo à frente e evite manobras bruscas. A aderência cai muito em asfalto molhado — e ainda mais nos primeiros minutos de chuva, quando óleo e sujeira se misturam à água.
- Use faróis baixos sempre que chover
- Ative o limpador de para-brisa e o desembaçador (ou ar-condicionado direcionado ao para-brisa) para manter a visibilidade. Palhetas em mau estado deixam trilhas de água e comprometem a percepção de perigo.
- Evite áreas alagadas: não atravesse lâminas de água cuja profundidade você não consiga avaliar. Regra prática: se a água estiver acima do meio da roda do seu carro, não avance. Água no nível de entrada de ar pode causar hidrolock (travamento do motor) e dano severo.
- Aquaplanagem: se o carro “flutuar”, não freie nem mexa bruscamente no volante. Tire o pé do acelerador, mantenha o volante alinhado e espere os pneus retomarem contato. Pneus com banda de rodagem saudável e calibragem correta reduzem o risco.
- Vento lateral forte: mantenha duas mãos no volante, antecipe correções suaves na trajetória e tenha cuidado extra ao ultrapassar ou ser ultrapassado por caminhões e ônibus, que geram turbulência. Em pontes e viadutos, desacelere e evite manobras.
- Granizo: se possível, pare o carro em local coberto e seguro. Evite parar na pista, acostamento ou sob viadutos. Se for pego em movimento, reduza e busque um ponto de abrigo autorizado. Se não houver, estacione fora do fluxo, longe de árvores, sinalize e aguarde a célula passar.
- Freios, ABS e ESC: o ABS impede travamento das rodas; mantenha pressão firme no pedal. Com ESC (controle de estabilidade), evite movimentos bruscos; o sistema corrige derrapagens, mas dentro dos limites físicos. Em descidas, use freio-motor para aliviar os freios.
- Farol de neblina: use apenas sob chuva forte ou neblina, para melhorar a projeção próxima ao solo. Não use o farol alto na chuva intensa: a luz reflete nas gotas e piora a visibilidade.
- Pisca-alerta: utilize somente com o veículo parado e sinalizando situação de emergência. Em movimento, o uso do pisca-alerta confunde outros condutores e é perigoso.
- Recalcule o tempo de viagem: sob alerta do Inmet, reserve margem maior para paradas e reduções de velocidade. Evite compromissos apertados que pressionem você a arriscar.
Para motociclistas, a recomendação é evitar rodar em tempestade com rajadas fortes e granizo. Se estiver na via, busque abrigo coberto e seguro, longe do tráfego e sem obstruir a circulação. Use capa de chuva de alta visibilidade e mantenha os pneus em perfeito estado. Para caminhoneiros, controle de velocidade e distância de seguimento são ainda mais críticos pelo maior peso do conjunto e pela sensibilidade ao vento lateral em carrocerias altas. Em descidas prolongadas sob chuva, combine freio-motor e uso moderado do freio de serviço para evitar fadiga térmica.
Dirigindo um carro elétrico ou híbrido? Eles são projetados para rodar na chuva e possuem componentes selados. As recomendações são as mesmas de qualquer automóvel: evite alagamentos, não submerja o veículo e, se houver inundação, não tente ligar. Ao recarregar, prefira pontos cobertos e evite operar o conector em tempestade a céu aberto com raios por uma questão de segurança pessoal.
Checklist de manutenção e equipamentos: o que conferir antes de sair na chuva forte
Prevenir continua sendo o melhor “airbag”. Sob Inmet alerta de grande perigo, faça uma checagem rápida — e muito eficiente — antes de encarar a via:
- Pneus: verifique calibragem no valor recomendado pelo fabricante e a banda de rodagem. Desgaste abaixo do TWI (indicador) aumenta o risco de aquaplanagem. Não reduza calibragem para “grudar” no molhado; isso reduz a capacidade de escoar água.
- Palhetas do limpador: troque se estiverem riscando ou deixando “véu”. É item barato que faz enorme diferença de segurança.
- Para-brisa e vidros: limpe por dentro e por fora; oleosidade interna cria reflexos sob chuva. Se possível, aplique hidrorrepelente no para-brisa.
- Iluminação: teste faróis baixos, luzes de freio, setas e luz de neblina. Lâmpadas queimadas reduzem seu “poder de ser visto”.
- Freios: ruídos, pedal esponjoso ou vibração indicam manutenção. Sob chuva, qualquer defeito fica potencializado.
- Bateria: partidas lentas e oscilação de luz sugerem bateria fraca. Em tempestade, você depende mais de limpador, desembaçador e faróis — todos exigem energia elétrica.
- Escapamento e admissão: verifique se não há folgas ou danos em dutos. Em alagamentos, a altura de admissão é o ponto crítico para evitar aspiração de água pelo motor.
- Tapetes: use peças com encaixe correto e fixação. Tapete solto pode enroscar no pedal ao pisar no freio em emergência.
- Kit obrigatório e emergência: triângulo, macaco, chave de roda, estepe em condições; adicione lanterna, capa de chuva, cobertor, carregador de celular, cabos de chupeta e pequena mala de primeiros socorros.
- Combustível: evite rodar “na reserva”. Em congestionamentos por chuva, o consumo sobe pelo tempo parado.
- Apps e rádio: acompanhe boletins de trânsito e a evolução do Inmet alerta para ajustar rotas e horários. Receber informação em tempo real faz diferença.
Quem usa ADAS (assistentes de condução) como piloto automático adaptativo e assistente de faixa deve redobrar a atenção: sensores podem sofrer com spray d’água, sujeira e reflexos em marcas viárias. Em chuva forte, prefira condução manual e mantenha vigilância total.
Vai de SUV 4×4 ou picape? Lembre que maior altura livre do solo ajuda em valetas e estradas de terra, mas não autoriza atravessar alagamentos. Água pode invadir módulos eletrônicos, diferencial e câmbio. Em pisos de terra encharcados, acelere com suavidade, mantenha o giro constante e evite “cavar” com a roda patinando.
Se o veículo for atingido por alagamento ou granizo: primeiros passos, seguro e reparo
Mesmo com prudência, eventos severos podem surpreender. Se seu automóvel for afetado por água ou granizo, siga estes passos:
- Carro alagado: se a água atingir o assoalho ou o nível da admissão, não tente dar partida. Acione o guincho e encaminhe à oficina. Ligar o motor com água nos cilindros pode causar quebra e prejuízo elevado.
- Desconecte a energia apenas se for seguro: em modelos a combustão, evitar manipular bateria com o carro molhado. Em elétricos/híbridos, foque na segurança pessoal e aguarde socorro especializado. A arquitetura é selada, mas, após submersão, o protocolo é técnico e deve ser feito por profissional.
- Documente tudo: faça fotos e vídeos do local, da lâmina d’água e dos danos. Isso ajuda no processo com a seguradora e na avaliação técnica.
- Seguro: apólices com cobertura compreensiva geralmente incluem “eventos da natureza”, como alagamento e granizo. Abra o sinistro o quanto antes, relate o ocorrido e siga as orientações do atendimento para vistoria e remoção.
- Granizo: danos na carroceria podem ser corrigidos por funilaria tradicional ou PDR (técnica de desamassar sem pintura), dependendo da extensão. Para-brisa trincado demanda troca por questão de segurança e integridade estrutural.
- Interior molhado: não “cozinhe” o carro ao sol com portas fechadas. Remova tapetes, seque o excesso, deixe o carro ventilar e procure oficina para avaliar chicote elétrico, módulos, airbags e painel. Água suja em carpete e feltro pode gerar mofo e odor permanente.
- Não arrisque o resgate: se a água estiver subindo, priorize a saída segura e busque terreno alto. Veículos podem flutuar com lâmina surpreendentemente rasa e serem arrastados pela correnteza.
Para frotas e motoristas de aplicativo, a recomendação é reforçar protocolos de checagem antes da saída (pneus, iluminação, palhetas, níveis), aumentar o intervalo de manutenções preventivas em períodos chuvosos e padronizar rotas alternativas que contornem pontos conhecidos de alagamento. No caso de motocicletas utilizadas para entregas, fornecer EPIs impermeáveis, capas refletivas e orientação sobre paradas seguras em tempestades.
Em qualquer cenário, informação de qualidade é aliada: mantenha-se atento aos boletins do Inmet e da Defesa Civil local e ajuste a rota conforme a evolução das células de tempestade. Uma decisão prudente tomada cinco minutos antes evita danos ao veículo e riscos desnecessários.
Resumo prático para motoristas sob Inmet alerta:
- Adie a viagem se a tempestade estiver sobre sua rota; aguarde a passagem do núcleo mais severo.
- Se precisar sair, conduza com suavidade, faróis baixos e distância ampliada.
- Evite alagamentos e não atravesse lâminas de água sem referência segura de profundidade.
- Com granizo iminente, busque abrigo coberto e autorizado; não pare sob viadutos nem na pista.
- Pneus, palhetas e freios em dia são tão essenciais quanto cinto e airbags sob chuva forte.
O Inmet alerta é um sinal para reavaliar riscos e reforçar hábitos de direção defensiva. Com planejamento, manutenção e técnica, dá para reduzir o impacto das tempestades na rotina e preservar o seu carro — e, principalmente, a sua segurança.
Perguntas Frequentes
Quais são os quatro estados sob “grande perigo” no alerta do Inmet?
O Inmet indica quatro estados sob alerta de grande perigo até terça (25). Os núcleos mais intensos de instabilidade, segundo a tendência, se concentram no Sul e Sudeste, com reflexos em áreas do Centro-Oeste. Como os avisos podem mudar ao longo do dia, consulte o mapa de alertas atualizado antes de sair e ajuste sua rota.
O litoral de São Paulo está em situação de perigo?
Sim. A previsão aponta chuva forte e rajadas de vento que podem chegar a 70 km/h no litoral paulista, com risco de temporais especialmente entre o sul e o leste do estado.
É seguro dirigir com carro elétrico em tempestade?
Sim. veículos elétricos e híbridos são projetados para operar na chuva, com sistemas selados. As regras de segurança são as mesmas de qualquer automóvel: evite alagamentos, não submerja o carro e, em caso de inundação, não tente ligar — acione o guincho e procure assistência especializada.
Posso atravessar um alagamento raso?
Evite. Se a água estiver acima do meio da roda ou se você não souber a profundidade, não avance. A travessia pode causar hidrolock (entrada de água no motor), danos elétricos e pane. Procure rota alternativa.
Meu seguro cobre granizo e alagamento?
Se sua apólice for compreensiva (cobertura ampla), normalmente inclui eventos da natureza, como granizo e alagamento. Abra o sinistro rapidamente, registre o local e os danos com fotos e siga as orientações da seguradora para vistoria e reparo.
O que fazer se o carro começar a aquaplanar?
Mantenha a calma, não freie nem movimente bruscamente o volante. Tire o pé do acelerador e espere as rodas retomarem contato com o asfalto. Velocidade moderada e pneus em bom estado são a melhor prevenção.
Devo usar pisca-alerta com o carro em movimento sob chuva forte?
Não. O pisca-alerta em movimento confunde outros condutores e é perigoso. Utilize faróis baixos, reduza a velocidade e mantenha distância. O pisca-alerta deve ser usado com o veículo parado em situação de emergência.
Parar sob viaduto durante granizo evita danos?
Além de perigoso, parar na pista, no acostamento ou em área não autorizada pode configurar infração. O correto é buscar um abrigo seguro em local permitido, como estacionamento coberto, sem obstruir o tráfego.
Como desembaçar o para-brisa rapidamente?
Direcione o ar-condicionado ou desembaçador para o para-brisa, ajuste a temperatura para morno e use ventilação no modo externo (traz ar de fora). Manter o interior seco e palhetas em bom estado acelera o processo.






